
Professoras e professores de Cubatão decidiram rejeitar os 10,31% de reajuste salarial oferecidos pelo prefeito Ademário.
Em assembleia realizada nesta terça (2), no Paço Municipal, a categoria deliberou pressionar pela abertura das negociações no sentido de ampliar o percentual de recomposição das perdas e debater as demais reivindicações da pauta, principalmente o cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério e a regularização da jornada.
Reforçamos que há espaço no orçamento para um reajuste digno para todos os docentes, e também para tirar as professoras de creche da situação de penúria que hoje se encontram (a remuneração no Infantil 1 é de míseros R$ 16,00 a hora aula) e ainda aumentar o valor dos vales alimentação e refeição e eliminar a contrapartida servidores nesses dois direitos e também no vale transporte.
Também salientamos que a contraproposta chegou no último dia 28, a dois dias da data-base e sem que acontecesse uma única reunião da Administração com as entidades sindicais. Estamos há quase dois meses e meio pedindo a abertura de diálogo e até o momento não há agendamento de data para esta primeira reunião.
É importante que todos os colegas ajudem na mobilização nas escolas, já que estamos em Estado de Greve, o que significa a sinalização de que não estão descartadas paralisações, caso o Governo não atenda os sindicatos para ouvir o que a categoria tem a dizer.
Confira abaixo a Pauta de Reivindicações:
1. Recomposição das perdas salariais no Governo Ademário de 15,15%;
2. Retorno do pagamento do abono de férias em 100%;
3. Eliminação da contrapartida do servidor no Vale Refeição, Vale Alimentação e Vale Transporte;
4. Aumento do VR para R$ 39,60, conforme gasto médio para almoço na região;
5. Aumento do Vale Alimentação para R$ 750,34, valor da Cesta Básica ideal de acordo com o Dieese para setembro de 2022;
6.Eliminação da multa para o retorno dos servidores para a Assistência Médica da Caixa após estudo atuarial a ser realizado imediatamente;
7. Aumento da contrapartida patronal na Assistência Médica de 3,28% para 4,28%;
8. Reenquadramento ou Equiparação Salarial das Professoras de Ensino Infantil I ao padrão de vencimentos F10;
9. Piso do Magistério para as Professoras de Ensino Infantil I;
10. Regulamentação da jornada com o reconhecimento da “Ampliação de Jornada” e “Carga Suplementar” como base previdenciária;
11. Regulamentação da ‘Progressão por Qualificação de Trabalho Docente’, com aplicação da evolução funcional retroativa à data que a Lei 22/2004 entrou em vigor;
12. Considerando o fim do período emergência decorrente da pandemia Covid-19, retomada da contagem do tempo em que estava em vigor a LC 173/2020 como de período aquisitivo para a concessão de anuênios, sexta-parte, licenças-prêmio e demais mecanismos equivalentes;
13. Adequação do horário das unidades de período integral, sobretudo creches;
14. Correção do salário inicial dos gestores na tabela da Lei 22
Com os diversos cortes de direitos ao longo dos últimos anos, o Governo Ademário conseguiu encolher em 62% os gastos com a Folha de Pagamento. Em 2017, as despesas com pessoal representavam 52,59% da Receita Corrente Líquida (RCL).
No ano passado, esse percentual ficou em 19,97%. Ou seja, tem dinheiro de sobra para nosso aumento e para o atendimento dos demais itens da pauta!Participe das próximas atividades convocadas pelo sindicato e ajude a decidir coletivamente o seu futuro e o futuro da nossa categoria!
SÓ A LUTA COLETIVA MUDA A VIDA!